"QUANDO DEIXA-SE DE AMAR..."

tem que
se recolher
dos espinhos
(a carne)

ainda resta
abrir
nos olhos
a alma

buscar
o amanhecer
dos dias
esquecidos

dentro
da noite
: fora
do sonho.

com a Loba/Euza Noronha

Método

(só funciona quando me falta assunto)

desconstruir
essa coisa
transparente
de baixo
para cima
de dentro
para fora
ou se preferir
vice-versa
(tanto faz)

unir o fútil
ao degradável
depois in-
satisfeito
confidenciar
em outra
oportunidade
que poesia
é algo menos
nunca mais.

Poética

já no começo
da conversa

transformo
nada
em
coisa nenhuma

ou
vice-versa.

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Poetando junto

Loba:

em nada
te gosto
como quem tenta
vencer o espaço
do sábado murmurante

em coisa nenhuma
gosto de ti
abraçando o fogo
de um domingo
que escorre lento

mas gosto
ainda mais
do vice e versa
das feiras
onde você desconversa
e vira poesia

mini conto

- E se for amor...
- E se for amor...
- E se for amor...
Repetia em pensamento.
- E se for...
- E se for...
E se foi.

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Aumentando um mini ponto

Loba:

se isso for amor
há de ser
uma veia inquieta
uma razão perdida
uma letra de poeta
um tudo ou nada

nunca um foi
sem nunca ter
voltado