segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Irremediável

O céu estava azul (até onde a limitação
das palavras conseguia descrever).
Azul mas de uma tonalidade
extinta há milênios, um azul contagioso
substituindo as outras cores do dia

(estendido como um tapete sobre-através
dos seres e de tudo...)

Então, maravilhados com o azul fóssil
desse momento ímpar o Bem e o Mal
deram as mãos abraçaram-se longamente
e acolhidos Um no Outro continuaram
destruindo o mundo.

11 comentários:

Anônimo disse...

Existe um espaço no tempo
em que as asas constroem
longos braços
e dos dedos fluem tintas
a colorir não mais
do que o homem desbotou.
'Irremediável' é a solidão
de quem sem cores
perdeu a esperança sorriso,
item da reconstrução
_ consciência.

Wilson, uma visitinha para acolher
seus versos e sonhar outros.
Beijos e abençoado início de semana.

Anônimo disse...

Conhecendo o teu espaço e gostando.Hoje o mundo acordou para a tranqueira do clima,os desastre ecológicos,falar de poesia para alertar que sem um ceu azul,um sol amrelo,uma chuva boa ,o humana perderá tudo,inclusive a poesia.Poesia se nao é a busca do misterio será a busca do possivel ainda que no imaginario da:(utopia,sonho,magia,fantasia..)poesia é a terra para naoenlouquecer.

Anônimo disse...

Que mundo belo e cruel...

Adorei!

Beijoss

Renata Livramento disse...

Volte mais vezes sim, será um prazer! Não sei se já te disse isso, mas admiro muito quem tem o dom das palavras, como vc!
Um abraço

diovvani mendonça disse...

Final surpreendente! Sempre bom, voltar aqui. AbraçoDasGerais.

Anônimo disse...

Eu queria este azul contagioso. Até pq, acredito que o Bem e o Mal continuam destruindo mas tb construindo o mundo, viu? rs...
Poemaço, querido! Uma bela incursão nos mistérios da vida, feita numa estruturação elaboradíssima e muito linda!
Um beijo de saudades, viu?

Jéssica disse...

Sempre q venho te ler, saio extasiada daqui, vc é ótimo.
Beijos e bom fim de semana*.*

Vicente disse...

Oi, Poeta.
Fazendo o giro e apreciando o azul que você nos passa.
Pra você eu deixo doces.
Vicente

Anônimo disse...

Olá, olá, Wilson!
Sob o azul que exagerou na dimensão, há a destruição da vida, completa, com os opostos Bem e Mal.
Não sei se consigo me colocar em dia com tanta produção sua, por aqui..
Mas, vou lendo e colecionando "reflexões", aos poucos.
Abraço saudoso!
Dora

Lua em Libra disse...

Wilson,

eu tive um silêncio. Fóssil como o teu azul. À custa de uns arranhões nos joelhos, consegui evadir-me dele. Te leio sem pressa, que este cemitério é para as minhas demoras de agora. Abraço, bom te ler.

Anônimo disse...

Adorei esse azul contagioso! Contagiou-me...beijo!