sexta-feira, agosto 04, 2006

Retratação

Coisa de quem sabe
o lado de dentro
da dor

dez
doze palavras
estávamos ali prontos
e completos: o poema
e eu

prestes a destruí-lo com
explicações
desnecessárias.

4 comentários:

Anônimo disse...

interessante... seu poema me fez lembrar de um texto que fiz tempos atrás. eu falava de como um poema dispensa explicações. exatamente porque ele fala por si próprio. e o bom poema lê a gente e não a gente a ele.
é mais ou menos o que a sua poesia significa pra mim. ela me lê e não eu a ela!
qto ao poeta... este se traduz de forma diferente em cada leitura que tb é diferente! rs...
Beijocas

Vicente disse...

Falou bem, poeta.
Às vezes nos excedemos nas palavras e realmente acabamos destruindo nossa quase-obra-prima, né?
Espero não ter-me excedido no "post" que fiz pra você lá do outro lado da ponte.
Qualquer detalhe que não tenha gostado, eu retiro, pra diminuir o texto. Combinado?

Pra você eu deixo doces.

Abraços, claro.

Vicente Siqueira

Anônimo disse...

sim

e quantas e quantas vezes nos perdemos num poema, por usar demais o desnecessário...

adorei...

Anônimo disse...

Gostei muito dessa retratação com seu fecho de ouro: o poema e eu, prestes a destruí-lo com explicações desnecessárias. Vou copiá-lo, tá? Meu abraço.